Rede internacional

Autoridades angolanas descobrem esquema de jogos ilegais voltados para apostadores brasileiros

Manuel Halaiwa, porta-voz do Serviço de Investigação Criminal de Angola (imagem: TPA)
25-10-2024
Tempo de leitura 1:32 min

O Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Angola, na África, desmantelou um esquema criminoso que tinha, entre suas atividades, a operação de jogos de azar online voltados para apostadores brasileiros. O grupo atuava em um imóvel na capital do país, Luanda, de onde controlava mais de 400 jogos.

A descoberta surgiu em meio a uma investigação que tinha um objetivo distinto, de apurar fraudes em telecomunicações. 

“Esta rede criminosa, que era liderada por cidadãos chineses, controlava aqui neste recinto mais de 400 jogos. Os seus apostadores são apenas cidadãos brasileiros ou que estão no Brasil. Conseguimos também verificar que as apostas foram feitas apenas em moeda local. Estamos a falar do real”, disse o porta-voz do SIC, Manuel Halaiwa, em entrevista à Televisão Pública de Angola (TPA).

“Portanto, os apostadores acedem a essas plataformas de jogos por via da internet e, mediante as suas apostas nos chamados jogos de fortuna e azar, vão tendo lucros ou perdas. Mas aqui, como podemos ver, está implantado o objetivo central do jogo: é a burla informática [prática de fraude digital]”, acrescentou.

A ação do SIC foi feita no final de agosto e contou com o apoio de outras autoridades angolanas, como pode ser visto na reportagem abaixo produzida pela TPA.

Além do esquema voltado para apostadores brasileiros, foi identificado também que o grupo operava plataformas que miravam cidadãos nigerianos, segundo Halaiwa

“A estrutura criminal que aqui está montada configura um crime organizado. Tem fortes ligações em Angola e também com extensão ao Brasil. Por isso é que falamos de uma rede internacional”, disse o porta-voz.

Ele afirmou ainda que “esses tipos de jogos também servem para uma atividade criminosa de phishing, extração de dados dos seus utilizadores, quer dados pessoais como dados em contas bancárias, que podem ser também o chamado roubo de dados, que é feito através desse tipo de plataformas”.

Entre os crimes identificados, Halaiwa citou burla e sabotagem informática, evidências de branqueamento de capitais (lavagem de dinheiro) e atividade de jogos ilícitos. Na época do ocorrido, foram detidos 46 cidadãos chineses e apreendidos 223 computadores e 113 telemóveis, conforme dito na reportagem da TPA.

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