Presidente do Senado

"Brasil errou ao aprovar lei das bets antes da aprovação dos cassinos físicos", afirma Pacheco

Rodrigo Pacheco (imagem: Pedro Gontijo/Agência Senado)
30-10-2024
Tempo de leitura 1:29 min

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que o país cometeu um erro ao aprovar a lei das apostas online em 2018 e posteriormente a regulamentação em 2023 sem ter feito antes a legalização dos cassinos físicos

“O Brasil errou ao aprovar essa lei das apostas eletrônicas, das bets, antes da aprovação dos cassinos físicos. Colocamos o cassino dentro das casas das pessoas e não aprovamos o cassino na rua”, disse Pacheco ao UOL.

O parlamentar acrescentou que “a experiência do Brasil com as apostas esportivas e as bets tem sido a pior possível e tem contaminado a legalização de jogos como um todo. Então, o projeto de legalização dos ‘jogos físicos’, vamos chamar assim, só poderá avançar se houver algum tipo de limitação, de reprimenda à realidade atual do Brasil em relação às bets”.

Aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado em junho, o projeto de lei (PL) 2.234/22, que legaliza cassinos, bingos e jogo do bicho, aguarda votação no plenário.

Irajá Silvestre (imagem: reprodução/CNC)

O relator da matéria, Irajá Silvestre (PSD-TO), sinalizou que é necessário esperar a “temperatura baixar” para votar o projeto, em referência às fortes críticas que o setor de jogos enfrenta no meio político e na imprensa.

Proibição das bets

Na entrevista ao UOL, Pacheco defendeu ainda que as bets sejam proibidas se a regulamentação não reverter o que ele chamou de “indústria do vício”. A afirmação reforça um posicionamento já dado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

“Temos agora de fazer investida de apuração, regulamentação, de filtros de regras mais duras e tentar fazer a reversão da chaga que virou esse tipo de jogo no Brasil, vulnerabilizando pessoas, que usam inclusive seus benefícios sociais para fazer aposta”, argumentou.

Então, se não conseguir fazer reverter essa realidade, se não for algo lateral na sociedade, se estiver na vida de todos os brasileiros dessa forma, não há outro caminho senão proibir. Estou plenamente de acordo com a fala do presidente Lula de que se a regulamentação não resolver é possível se extinguir”, declarou Pacheco.

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