OPERAÇÃO BACKYARD

PF desarticula grupo que movimentou R$ 1,6 bilhão para plataformas de apostas internacionais

Imagem: divulgação/PF
31-10-2024
Tempo de leitura 1:14 min

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira, 30 de outubro, a Operação Backyard, a fim de desmantelar um grupo criminoso que movimentava grandes quantias para plataformas estrangeiras, em especial para sites de apostas esportivas. O esquema, em operação há menos de três anos, já teria movimentado aproximadamente R$ 1,6 bilhão, segundo as autoridades.

A operação contou com o cumprimento de nove mandados de busca e apreensão, emitidos pela 1ª Vara da Justiça Federal em Itajaí (SC). As buscas foram realizadas nas cidades catarinenses de Itajaí, Balneário Camboriú e Navegantes e também em Olinda (PE).

Além das buscas, a PF cumpriu ordens judiciais para bloqueio de bens e valores que podem totalizar R$ 70 milhões, além de impedir a movimentação de valores em exchanges de criptoativos e instituições de pagamento, áreas comumente usadas para dificultar o rastreamento dos recursos financeiros.

As investigações revelaram que o grupo atua por meio de empresas de fachada que fornecem serviços de tecnologia de pagamento para plataformas na internet, com operações concentradas no litoral catarinense. Os serviços incluem suporte a plataformas de apostas esportivas não autorizadas e atividades suspeitas de golpes online. Os recursos movimentados eram enviados ao exterior de forma informal, principalmente por meio de criptoativos, configurando o crime de evasão de divisas.

A PF também identificou fluxos financeiros destinados à lavagem de dinheiro para terceiros, incluindo agentes públicos e indivíduos ligados ao tráfico de drogas. Segundo os investigadores, uma parte considerável das empresas ligadas ao grupo não possui indícios de operações efetivas e, ao que tudo indica, operam como empresas de fachada ou holdings, para proteger o patrimônio gerado pelas atividades ilícitas.

As autoridades apontam ainda que o grupo recentemente expandiu suas operações, estabelecendo escritórios em países da América Latina e em Portugal, o que sugere uma ampliação da rede de operações ilícitas para além das fronteiras brasileiras.

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