O presidente do Instituto Brasileiro Jogo Legal (IJL) e editor do site BNLData, Magnho José, participou da abertura do 23º Encontro da Hotelaria em Araxá (MG), no dia 1º de novembro. Na ocasião, ele abordou o tema da legalização dos cassinos no Brasil.
Em sua fala, Magnho lembrou que a proibição da atividade foi determinada em 1946, na gestão do presidente Eurico Gaspar Dutra. Estima-se que a medida tenha deixado mais de 53 mil pessoas desempregadas.
“Esse longo período de proibição do jogo no Brasil, cerca de 83 anos (jogos de azar) e 79 anos (cassinos), acabou rotulando equivocadamente esta atividade como uma questão moral, a exemplo do aborto, união homoafetiva e das drogas”, disse Magnho, segundo a revista Hotéis.
Ele destacou também que proibir a atividade não fez com que ela deixasse de existir. Muito pelo contrário, os jogos físicos proliferaram-se à margem da lei, com bilhões sendo movimentados em apostas clandestinas, a exemplo de cassinos ilegais, caça-níqueis e o jogo do bicho.
A legalização dos jogos de azar físicos poderia gerar 658 mil empregos diretos e 619 mil empregos indiretos em toda a cadeia produtiva, disse Magnho. Ele usou como exemplo os Estados Unidos, país no qual o setor gera 1,7 milhão de empregos em mais de 200 tipos de profissões.
“Quando os Estados Unidos, que é tradição evangélica (48.5%) e católica (22.7%), legalizou e acolheu o jogo no seu sistema jurídico, foi porque percebeu que existindo demanda ‘alguém’ vai prestar o serviço", afirmou Magnho, também de acordo com a revista Hotéis.
O presidente do IJL declarou ter boas expectativas em relação ao projeto de lei (PL) 2.234/22, que legaliza cassinos, bingos e jogo do bicho. Ainda não há uma data para a proposta ser votada no plenário do Senado, mas o relator da matéria, Irajá Silvestre (PSD-TO), afirmou ao Yogonet que acredita que a aprovação virá ainda em 2024.