Na visão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets vem “em boa hora”. A declaração foi dada ao jornal Valor Econômico, a quem Pacheco disse também que a agenda de regulamentação da reforma tributária não deve ofuscar os trabalhos da comissão.
“Infelizmente os cassinos não foram aprovados fisicamente no Brasil, mas passaram a integrar a vida das famílias, ou seja, essa lei colocou os cassinos dentro das casas dos brasileiros e obviamente que isso precisa ser limitado para evitar o vício no jogo e famílias inteiras estão comprometidas”, afirmou Pacheco.
A CPI das Bets (que ainda não está em funcionamento) é a segunda comissão no Senado a discutir a atuação das casas de apostas: já há uma em funcionamento dedicada a investigar a manipulação de resultados. Ao contrário dessa, no entanto, a nova CPI deve focar mais no impacto das apostas esportivas e dos jogos virtuais no orçamento familiar brasileiro, além de apurar possíveis ligações do setor com atividades ilícitas, incluindo lavagem de dinheiro.
Outro objetivo da comissão será investigar o envolvimento de influenciadores digitais no mercado de apostas online. A intenção é convocá-los para prestar depoimento e esclarecer os valores recebidos pela promoção de plataformas.
No primeiro encontro, os membros da CPI deverão eleger o presidente e o vice-presidente do colegiado, e um acordo será feito para definir o relator responsável por conduzir os trabalhos. O requerimento para a abertura da comissão foi apresentado pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS).