Uma pesquisa realizada pelo Datafolha aponta que 65% dos brasileiros adultos são favoráveis à proibição das apostas esportivas online. A rejeição é ainda maior quando se trata dos caça-níqueis virtuais, como o popular jogo do tigrinho, alcançando 78%.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, o levantamento entrevistou 1.935 pessoas em 113 municípios de todas as regiões do país, de forma presencial, e apresenta uma margem de erro de dois pontos percentuais.
O estudo revela que a rejeição às bets é maior entre mulheres (68%) do que entre homens (61%). Quando observada a faixa etária, os mais jovens (18 a 24 anos) são os que mais apoiam a liberação das apostas, com apenas 37% se posicionando contrários à proibição. Já entre pessoas com mais de 60 anos, 19% apoiam a liberação das bets.
Entre os entrevistados, 66% dos evangélicos e 63% dos católicos também manifestaram oposição às apostas esportivas. Apesar da legalidade, 54% dos brasileiros enxergam o ato de apostar como um vício, enquanto 30% consideram a prática uma perda de dinheiro.
No total, 15% têm uma visão positiva, destacando motivos como diversão (9%), fonte de renda (3%) ou investimento financeiro (2%).
Desde a última pesquisa sobre o tema, realizada em dezembro de 2023, o percentual de brasileiros que já apostaram alguma vez cresceu dentro da margem de erro, de 14% para 18%. Já aqueles que pararam de apostar aumentaram de 7% para 12%, segundo o estudo.
O gasto médio com apostas esportivas também caiu de R$ 268 para R$ 214, com a mediana ficando em R$ 60. Entretanto, a percepção de perdas cresceu: 59% dos entrevistados afirmam perder mais do que ganham, contra 52% no ano anterior.
Apesar do aumento na popularidade das bets, modalidades tradicionais como loterias da Caixa (29%) e o jogo do bicho (8%) continuam mais populares do que as apostas esportivas, que atraem 6% da população. Já os caça-níqueis virtuais são a categoria menos frequentada, com apenas 4% de adesão.