Na reunião desta terça-feira, 26 de novembro, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets no Senado receberá os depoimentos do CEO da Betnacional, João Studart, do ex-diretor da Entain Marcus Da Silva (o requerimento aponta erroneamente o executivo como dono da Sportingbet) e do empresário Fernando Oliveira Lima (CEO da empresa One Internet Group - OIG), além de delegados que investigam esquemas de lavagem de dinheiro relacionados a apostas. A informação é da Agência Senado.
A comissão também votará 29 requerimentos, entre eles os que pedem a convocação do cantor Gusttavo Lima e o convite ao youtuber Felipe Neto.
Sob suspeita de participar de um esquema de lavagem de dinheiro e apostas ilegais, Lima foi um dos primeiros nomes aventados pela relatora da CPI, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), juntamente com a influencer Deolane Bezerra.
Ambos são investigados pela Operação Integration, da Polícia Civil de Pernambuco ‒ o delegado Paulo Gustavo Gondim Borba Correia de Sousa, que coordena a ação, será ouvido nesta terça-feira.
Já Neto fez publicidade da Blaze em 2023, e depois de diversas polêmicas com a casa de apostas, ele rompeu o contrato e chegou a afirmar que o período em que divulgou jogos como o Fortune Tiger foi "o maior erro da minha vida, disparado".
Informações sigilosas
A Agência Senado também informa que, além da requisição de informações fiscais sigilosas de relatórios elaborados pela órgão federal que combate lavagem de dinheiro, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), representantes das empresas de apostas UpBet e Multibet e da Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj), além da empresa de pagamentos Pix2Pay e o CEO da Pixbet, Ernildo Júnior Farias, podem ser convidados a depor.
Ameaças
Uma reportagem do portal Campo Grande News afirma que senadora Soraya Thronicke teve sua segurança reforçada pela Polícia Federal após ela revelar que sofreu ameaças.
A escolta de 24 horas foi recomendada pela própria PF devido "à complexidade e à gravidade dos fatos apurados, que envolvem o crime organizado e grandes somas de dinheiro", afirma o portal.
“Essa CPI tem o crime organizado envolvido e muito dinheiro. Estamos investigando influencers, inclusive menores de idade. Então a própria Polícia Federal orientou a segurança reforçada. Até meu escritório em Mato Grosso do Sul está sob escolta da PF”, explicou Soraya, sem detalhar o teor das ameaças recebidas.