O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que o Brasil vive um “momento muito triste” em relação aos impactos das apostas online na população.
Em entrevista aos também senadores Jorge Kajuru (PSB-GO) e Leila Barros (PDT-DF) no programa PodK Liberados, Pacheco replicou um posicionamento já dado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) de que, se os efeitos negativos das bets não forem contidos com a regulamentação, a proibição seria o caminho.
“Sou defensor da tese de que, mesmo com essas ideias [de restrição e regulamentação], se nós não resolvermos essa chaga nacional que se transformaram essas apostas esportivas, nós temos que cogitar proibir de maneira geral. Mas obviamente que essa é uma discussão que se alonga, mas algo precisa ser feito pelo Estado brasileiro e nós vamos cuidar de fazer no Congresso Nacional”, declarou.
“Quero dizer que nós estamos à disposição do Poder Executivo para suas ideias, para poder inibir esse momento muito triste da vida nacional”, acrescentou Pacheco.
Em outro momento da entrevista, o presidente do Senado foi questionado por Kajuru sobre a possibilidade de proibir palpites em lances individuais no futebol, como apostas em cartões amarelos e vermelhos como forma de evitar esquemas de manipulação.
“Essa sua ideia [de proibir apostas em cartões] é uma das ideias que obviamente podem ser implementadas para evitar, inclusive, que se acabe com o ativo nacional que é o futebol”, afirmou Pacheco.
“A diferença de se ter um cassino e de ter uma aposta no celular é que ao menos o cassino gera emprego, gera turismo, gera entretenimento agregado à questão dos jogos. Essa questão da aposta só no telefone celular, apostando em cartão amarelo, realmente é uma disfunção que precisa ser corrigida”, opinou o senador de Minas Gerais.
A entrevista completa de Pacheco, veiculada no dia 24 de novembro, pode ser conferida no vídeo abaixo ‒ o trecho sobre as apostas inicia aos 46 minutos e 40 segundos.