A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado irá ouvir, nesta terça-feira, dia 3 de dezembro, Gesilea Fonseca Teles, superintendente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Ela irá falar sobre as estratégias para bloquear sites ilegais de apostas no Brasil.
O depoimento de Teles atende a um requerimento apresentado pelo senador Romário Faria (PL-RJ), relator da CPI. “A Portaria SPA/MF 1.475, de 16 de setembro de 2024, antecipou a possibilidade de bloqueio de casas de apostas que não se submeteram ao processo de autorização. [...] Sabe-se, porém, que há dificuldades técnicas para efetuar o bloqueio e impedir o retorno à operação dos sites ilegais”, diz o convite de autoria do parlamentar.
No mesmo dia, a CPI ouve também Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva. A sua presença está ligada à divulgação de uma pesquisa feita pela entidade que traçou um perfil dos apostadores brasileiros.
“Com o objetivo de compreender os achados da pesquisa e com isso ter mais elementos para tratar do tema no âmbito da CPIMJAE, torna-se imprescindível ouvir o depoimento do senhor Renato de Oliveira Meirelles”, diz o convite, também apresentado por Romário.
A CPI votará ainda quatro requerimentos. Um deles diz respeito à convocação, na condição de investigado, do empresário Ede Vicente Ferreira Junior. Ele é suspeito de estar associado a William Rogatto, manipulador confesso.
"A relação entre Ede Vicente e William Rogatto, que confessou em depoimento a esta CPIMJAE ter movimentado R$ 300 milhões com os crimes de manipulação de resultados, é longa e intensa. O sigilo bancário de William Rogatto mostra 17 transferências bancárias de William Rogatto para Ede Vicente, nos anos de 2021, 2022, 2023 e 2024, totalizando mais de dez mil reais. A suspeita, a ser investigada, é que Ede Vicente estaria associado a William Rogatto nas fraudes investigadas pela Operação VAR e em outras manipulações de resultados ocorridas nesses anos", aponta o requerimento que pede a presença de Ferreira Junior na CPI.