O Brasil deve representar mais de 50% do total do mercado de apostas online da América Latina em 2028, de acordo com o mais recente relatório da Vixio GamblingCompliance. O estudo projeta que o mercado regulamentado de apostas online latino-americano atingirá US$ 12,3 bilhões (R$ 61,5 bilhões, na cotação atual) em 2028, um crescimento significativo em relação aos US$ 2,5 bilhões (R$ 12,5 bilhões) estimados para 2024.
A transição do Brasil para uma potência regulamentada no setor de apostas online é vista como um fator decisivo para o mercado. Sob o marco regulatório, o país deverá gerar uma receita bruta estimada de US$ 2,9 bilhões (R$ 14,5 bilhões) já em 2025, representando 47% do mercado regulamentado da América Latina. Até 2028, a receita bruta brasileira pode alcançar US$ 6,3 bilhões (R$ 31,5 bilhões), consolidando sua liderança no setor e ultrapassando os 50% do total latino-americano.
A Vixio destaca que a América Latina, antes considerada um mercado emergente, está em um momento de consolidação, com diversos países implementando marcos regulatórios para apostas esportivas e jogos de cassino. Colômbia, Panamá, Peru e algumas províncias da Argentina já contam com regulamentações em vigor, enquanto Brasil, Chile, México e Equador estão em diferentes fases de implementação de suas legislações.
O crescimento exponencial no Brasil também reflete o interesse de operadores internacionais. O país já recebeu mais de 200 solicitações de licenças federais de jogos online, evidenciando o potencial do mercado.
Além do Brasil, o México também apresenta forte potencial, com previsões de receita superior a US$ 2 bilhões (R$ 10 bilhões) em 2028, frente aos US$ 1,3 bilhão (R$ 6,5 bilhões) esperados em 2024, destacou o relatório. Na Colômbia, a receita deve ultrapassar US$ 1 bilhão (R$ 5 bilhões), enquanto o mercado recém-regulamentado do Peru pode gerar US$ 436 milhões (R$ 2,18 bilhões) em 2025 e ultrapassar US$ 850 milhões (R$ 4,25 bilhões) até 2028.
O relatório alerta para possíveis desafios regulatórios em alguns mercados. Na Argentina, há propostas de restrições à publicidade de apostas, enquanto no Brasil questões regulatórias e disputas judiciais no Supremo Tribunal Federal ainda precisam ser resolvidas. Já o Chile deve implementar um novo marco regulatório até 2025.