Em seu primeiro ano como CEO da casa de apostas Betsul, Fernando Garita cita desafios e comemora conquistas em entrevista exclusiva ao Yogonet.
Costarriquenho, Garita foi anunciado pela Betsul no final de 2023 e teve que se adaptar à língua e à cultura de um país de dimensões continentais.
Entre as iniciativas adotadas pela empresa, estão a campanha “Bet do Bem”, lançada para divulgar o projeto social "Jogo do Bem" ‒ no qual cada aposta realizada no site tem um percentual pré-determinado revertido em doações a entidades que atendem pessoas com deficiência e em situação de vulnerabilidade.
A conquista do selo Selo RA1000 da plataforma Reclame Aqui (que reconhece excelência no atendimento) e o pioneirismo em lançar a psicóloga Fernandinha Albuquerque como embaixadora da Betsul, para promover o jogo responsável, são outras ações de destaque tomadas pela empresa.
Como foi o primeiro ano como CEO da Betsul, e quais foram suas principais conquistas?
Este primeiro ano foi uma experiência de adaptação a um novo mercado e uma nova cultura. Apesar das muitas semelhanças entre meu país, Costa Rica, e o Brasil, sempre há fatores que, como estrangeiro, é essencial compreender e, mais importante, aprender.
Quanto às conquistas, conseguimos realizar feitos muito importantes, como montar uma equipe de alto nível em todas as áreas: financeira, jurídica, operacional, atendimento ao cliente, afiliados, marketing, gestão de risco, KYC, entre outras. Isso nos dá a capacidade de crescer exponencialmente.
Foi um ano de ajustes, combinado com ações comerciais e operacionais — algumas muito eficazes, outras nem tanto. Porém, acredito que não existe operação perfeita, mas devemos buscar constantemente nossa melhor versão.
Nesse sentido, foi um sucesso total. A marca conquistou grande reconhecimento no mercado e aumentou sua base de seguidores, fornecedores e alianças estratégicas em diversas áreas, sempre mantendo o DNA de um excelente serviço e uma abordagem adaptável aos diferentes mercados dentro do Brasil.
Outro grande marco foi a aprovação para obtenção de uma licença formal. Estamos a poucos dias de nos tornarmos uma das poucas empresas que cumpriram todos os requisitos do processo regulatório, o que consideramos uma grande vitória. Resumindo, conseguimos reestruturar a operação e preparar a empresa para os próximos desafios, incluindo a regulamentação. Tudo isso me dá grande alegria, especialmente por termos concluído a maioria dos projetos e estarmos prontos para os próximos passos.
Quais são os maiores desafios e oportunidades de trabalhar no mercado brasileiro?
Sempre digo que o Brasil não é apenas um país; é, tecnicamente, um continente que precisa ser tratado de forma diferente dos outros países da região. Cada local tem sua própria cultura e até mesmo os padrões de comportamento de jogo variam.
Compreender e aprender a idiossincrasia brasileira é o fator mais importante, além de entender a cultura de governança do país. Com uma boa equipe, é possível atingir os objetivos. O território é muito grande, e outro grande desafio é gerenciar os recursos da forma mais eficiente possível. Caso contrário, o dinheiro será desperdiçado sem retorno.
Por outro lado, as oportunidades são inúmeras. Sendo um país tão extenso e com um mercado comercial tão expressivo, o local se torna uma potência para quase qualquer produto, desde que se tenha a equipe operacional correta.
Qual sua avaliação sobre o atual momento da regulamentação brasileira? O mercado será sustentável?
Acredito que sim, e é o que todos esperamos. Agora, surgirão muitos desafios, mas estou confiante de que o mercado se tornará sustentável. O Brasil é único e, com a licença regulatória, as operações gradualmente ganharão consistência. Não será um processo barato, mas estamos preparados. Como uma empresa que é 99,9% brasileira, estamos estrategicamente posicionados para nos tornarmos uma das opções mais preferidas pelos jogadores, oferecendo um excelente serviço — algo que sempre foi nossa prioridade desde o início.
Como você encara as diversas críticas que o setor vem enfrentando?
É um processo. Há muita resistência de alguns grupos e grandes interesses econômicos envolvidos, mas acredito que, a médio prazo, as empresas perceberão os aspectos positivos da regulamentação. Aqueles que estão há mais tempo nesse setor sabem que esta não é uma indústria tradicional. Com o tempo, haverá uma adaptação cultural e acredito que alcançaremos a aceitação social, similar à das loterias. Além disso, com o enfoque correto, será possível direcionar os recursos para beneficiar outros setores da população.
Quais são os maiores planos e objetivos da Betsul para 2025?
Nossos principais objetivos incluem escalar nossa presença de mercado, expandir as equipes e trabalhar com muita dedicação. Queremos continuar crescendo e nos posicionar entre as empresas mais representativas do país, competindo estrategicamente para nos manter nas grandes ligas. Regulamentação, adaptação e trabalho estratégico serão nossos principais artifícios em 2025. Há uma frase em inglês que considero perfeita para este grande desafio: “Work smarter, not harder” – trabalhe de maneira mais inteligente e não mais difícil.