PRESIDENTE DO IJL E EDITOR DO BNLDATA

Magnho José: "Os benefícios positivos do jogo legal superam em muito as desvantagens"

23-12-2024
Tempo de leitura 2:17 min
À frente do Instituto do Jogo Legal (IJL) há 11 anos e do site pioneiro especializado BNLData há 23 anos, Magnho José dialoga há décadas com parlamentares, especialistas e com a sociedade através da imprensa sobre o setor de jogos. 
 
Defensor inequívoco dos benefícios da legalização e da regulamentação dos jogos de azar, ele condena o que chama de "linchamento midiático" do setor e, em entrevista ao Yogonet, afirma que as críticas aconteceram em todos os países que legalizaram e regulamentaram as apostas online, mas que se reduzirão naturalmente com a aplicação da regulamentação.
 
Leia a entrevista completa abaixo.
 
Você é um grande defensor da regulamentação dos jogos de azar. O que o país tem a ganhar ao legalizar esse mercado?
 

Os benefícios positivos do jogo legal superam em muito as desvantagens propostas por qualquer pessoa ou grupo contra o jogo. O jogo ilegal é, claramente, um passatempo mais prejudicial do que o jogo legal.

O debate sobre a legalização do jogo no Brasil não deve ser somente sobre os vastos investimentos nacionais e internacionais ou as receitas de novos impostos, nem os milhares de empregos que criará. Esses argumentos são óbvios e já não necessitam mais de debate. O verdadeiro desafio do legislativo é a criação e o estabelecimento de leis e regulamentos, que permitam aos cidadãos exercerem seu desejo de jogar sob os olhos atentos de regras claramente definidas pelo Estado e sua efetiva aplicação.
 
De que formas o IJL está atuando para ajudar no debate da regulamentação?

Nos últimos 11 anos à frente do IJL, trabalhamos para reduzir, junto ao Legislativo, Executivo, Judiciário e à sociedade, o preconceito com relação ao setor de jogos e apostas no Brasil. Além disso, sempre que fomos consultados produzimos e fornecemos informações seguras para ajudar no processo de legalização e regulamentação do setor de jogos, apostas e loterias no Brasil.  

Na sua opinião, as críticas de diversos setores ao crescimento das apostas esportivas e jogos online têm fundamento?

O que estamos assistindo é uma reação natural dos setores que se sentiram prejudicados com o crescimento desordenado das apostas no país devido à lacuna regulatória de seis anos entre a aprovação da lei e a vigência da regulamentação.

Este fenômeno aconteceu em todos os países que legalizaram e regulamentaram as apostas online. Após a vigência da regulamentação esta pressão de diversos setores da sociedade se reduzirá naturalmente.

O presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmaram que, se a regulamentação não funcionar, cogitam proibir os jogos online. Acredita nessa possibilidade?

A possibilidade existe porque foi verbalizada pelos atores políticos, mas não acredito na eficácia. Uma coisa é proibir e fechar os cassinos e bingos físicos, mas outra coisa é você proibir as apostas online. A China que tem maior controle sobre a internet e sobre a sociedade não obteve sucesso, imagina no Brasil. Essa medida restrititva beneficiaria os operadores ilegais, principalmente os sites operados pelos chineses.

Como você enxerga a cobertura jornalística do setor hoje no Brasil?

O setor de jogos e apostas no Brasil é novo e a mídia deste setor também é recente. Algumas publicações estão no mercado há mais tempo por resistência e sobrevivência. Informação de qualidade dá trabalho e seria importante que houvesse mais investimentos em publicidade para que os veículos de comunicação segmentada pudessem entregar um produto melhor.

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