Os benefícios positivos do jogo legal superam em muito as desvantagens propostas por qualquer pessoa ou grupo contra o jogo. O jogo ilegal é, claramente, um passatempo mais prejudicial do que o jogo legal.
Nos últimos 11 anos à frente do IJL, trabalhamos para reduzir, junto ao Legislativo, Executivo, Judiciário e à sociedade, o preconceito com relação ao setor de jogos e apostas no Brasil. Além disso, sempre que fomos consultados produzimos e fornecemos informações seguras para ajudar no processo de legalização e regulamentação do setor de jogos, apostas e loterias no Brasil.
Na sua opinião, as críticas de diversos setores ao crescimento das apostas esportivas e jogos online têm fundamento?
O que estamos assistindo é uma reação natural dos setores que se sentiram prejudicados com o crescimento desordenado das apostas no país devido à lacuna regulatória de seis anos entre a aprovação da lei e a vigência da regulamentação.
Este fenômeno aconteceu em todos os países que legalizaram e regulamentaram as apostas online. Após a vigência da regulamentação esta pressão de diversos setores da sociedade se reduzirá naturalmente.
O presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmaram que, se a regulamentação não funcionar, cogitam proibir os jogos online. Acredita nessa possibilidade?
A possibilidade existe porque foi verbalizada pelos atores políticos, mas não acredito na eficácia. Uma coisa é proibir e fechar os cassinos e bingos físicos, mas outra coisa é você proibir as apostas online. A China que tem maior controle sobre a internet e sobre a sociedade não obteve sucesso, imagina no Brasil. Essa medida restrititva beneficiaria os operadores ilegais, principalmente os sites operados pelos chineses.
Como você enxerga a cobertura jornalística do setor hoje no Brasil?
O setor de jogos e apostas no Brasil é novo e a mídia deste setor também é recente. Algumas publicações estão no mercado há mais tempo por resistência e sobrevivência. Informação de qualidade dá trabalho e seria importante que houvesse mais investimentos em publicidade para que os veículos de comunicação segmentada pudessem entregar um produto melhor.