À medida que 2024 chega ao fim, os principais membros da indústria partilham as suas avaliações e opiniões sobre os últimos 12 meses e discutem projeções para o próximo ano.
O Yogonet conversou com Ramiro Atucha, CEO da Vibra Gaming, empresa que vive um ano de lançamentos e novas alianças, e que tem marcado presença nos grandes eventos do setor.
O gestor apresentou a sua visão sobre o andamento dos processos regulatórios na região e sobre o desafio que estes representam para os operadores e fornecedores, e anunciou que em 2025 se concentrarão na consolidação dos seus produtos e processos.
Que balanço a Vibra Gaming pode fazer deste 2024 que está prestes a terminar? Alguma conquista que você gostaria de destacar?
O ano de 2024 foi de muita procura, de muitas viagens, de muita presença em eventos, de contato com colegas e clientes. Também foi muito importante para o crescimento da equipe. Sinto que estamos agregando pessoas com senioridade que estão contribuindo e apresentando muitos resultados em cada uma das verticais.
Além disso, há o crescimento da nossa tecnologia com base nas necessidades dos nossos clientes e na orientação que eles nos dão, porque são eles que melhor entendem o que é necessário em cada um dos mercados.
E como conquista importante podemos destacar o lançamento no México com nosso parceiro Betxico com resultados muito bons. Estamos muito felizes e muito entusiasmados com esse projeto.
Que notícia ou evento da indústria do jogo, a nível nacional ou regional, você considera o mais importante do ano e por quê?
Tem sido um processo sofrido tanto para fornecedores como para operadores, com requisitos que por vezes mudam dinamicamente, com pouco tempo de adaptação ou por vezes com adiamentos e mais adiamentos que, de alguma forma, dão mais tempo, mas também prolongam a agonia um pouco.
E ainda por cima agora está tudo se concentrando no final do ano, o Peru no final do ano, o Brasil no final do ano. Acho que o mais importante é isso, o processo regulatório, a complexidade que é entre operadores e fornecedores, a necessidade de podermos trabalhar lado a lado, colaborando, tentando ajudar-nos uns aos outros porque, em na realidade, estamos todos no mesmo barco, visando o cumprimento da regulamentação para não perder a operacionalidade.
Temos muitos mercados pré-regulados entrando na regulamentação, regulamentações que nem sempre são muito amigáveis ao desempenho dos negócios. E imagino que no próximo ano será um enorme desafio conseguir recuperar os níveis de rentabilidade que cada operador e cada fornecedor tiveram, respeitando todas as condições que a regulação impõe.
Tanto a Vibra Gaming quanto sua divisão Vibra Solutions firmaram inúmeros acordos ao longo do ano. Há algum que você queira destacar ou que gere maiores expectativas?
Tivemos muitos acordos para aumentar a distribuição de conteúdo de terceiros por meio da nossa plataforma de agregação. A integração do nosso RGS com diferentes operadoras também está crescendo para aumentar a distribuição dos nossos jogos e dos nossos parceiros. De certa forma, isso é o que sempre fizemos.
Depois, no nível de VLT, continuamos a sair em diferentes estados regulamentados no Brasil, no Peru, México, e em vários outros mercados, sempre com os desafios técnicos adicionais envolvidos com hardware; mas com muito esforço está indo bem.
E quanto à Solutions, divisão de plataformas de cassino e apostas esportivas, embora tenhamos muitos acordos e estejamos em andamento com muitos clientes importantes, normalmente gosto de conversar quando o projeto está no ar e o cliente está satisfeito.
Nesse caso, a Betxico, operadora no México, foi um lançamento recente que nos surpreendeu positivamente, pelo bom desempenho e pelos resultados. Obviamente temos muito a acrescentar, muito a ajustar. Estamos no México há apenas um mês, mas estamos muito felizes com a parceria e como ela tem funcionado.
Em 2024, a Vibra embarcou em uma maratona que a levou a todos os eventos do setor. O que você pode nos contar sobre essa experiência?
Foi uma experiência cansativa, mas muito valiosa. Permitiu-nos estar próximos dos nossos clientes, parceiros e colegas de uma forma quase presencial. Agora estamos avaliando quais eventos foram mais significativos para nós e quais, talvez pelo tipo de mercado ou produto que temos, não contribuíram tanto para nós.
Foi um ano muito intenso em termos de eventos, com resultados positivos em assinaturas de contratos e novas parcerias. No entanto, em 2025 provavelmente participaremos em menos eventos, pois precisamos de tempo para recuperar e focar na melhoria dos nossos produtos e processos. Às vezes, o que acontece internamente é tão importante quanto o que acontece lá fora, por isso devemos nos concentrar nesse aspecto também.
Este ano vocês também lançaram a divisão VLT. Como tem sido o desempenho até agora?
O lançamento da divisão VLT foi um desafio, mas nos gerou muita satisfação. Atualmente estamos presentes em mercados como Brasil, Peru e em breve México. O desempenho foi muito melhor do que esperávamos.
O principal desafio é o gerenciamento remoto de hardware, mas conseguimos fazer tudo funcionar muito bem. O produto Scratch-A-Lot, principalmente no Brasil, tem tido ampla aceitação, pois oferece uma experiência semelhante à das máquinas caça-níqueis, mas sem deixar de ser um jogo de loteria certificado. Esse produto está fazendo a diferença e continuaremos vendo crescimento nesse segmento.
Quais expectativas a empresa tem para 2025? Algum plano que você possa nos contar?
Acho que está consolidando o que conquistamos. Temos diversas verticais, o Game Studio, a agregação, a plataforma com seu PAM, Sportsbook e Casino, e a divisão VLTs ou Varejo, com nossa EGM. Cada um desses produtos tem muito a crescer em termos de funcionalidades, ferramentas promocionais, melhor qualidade de conteúdo, distribuição.
Penso que 2025 tem que ser um ano para consolidarmos o nosso produto e a nossa distribuição, estarmos muito próximos dos nossos clientes e parceiros para garantir que cada um deles tenha o melhor de nós para continuar a crescer.