NOVO PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL

Galípolo promete ao TCU dados sobre apostas de beneficiários do Bolsa Família

Gabriel Galípolo (Imagem: Raphael Ribeiro/BC)
09-01-2025
Tempo de leitura 1:24 min
A coluna Painel S.A., da Folha de S. Paulo, informa que o novo presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, prometeu colaborar com o Tribunal de Contas da União (TCU) em relação ao envio de informações de Pix feitos por beneficiários do Bolsa Família para as casas de apostas.
 
Após o relatório do BC apontando que R$ 3 bilhões do programa social teriam sido gastos em apostas esportivas, em agosto do ano passado, o TCU decidiu analisar a destinação do dinheiro de benefícios sociais. É importante ressaltar que o dado de R$ 3 bilhões foi bastante questionado por representantes do setor de apostas e o próprio BC admitiu que o relatório não está imune a falhas.
 

No entendimento de ministros do TCU, o dinheiro é público e só pode ser usado na subsistência dos cadastrados. Eles desejam saber se os beneficiários foram os apostadores ou se seus documentos foram usados por terceiros de forma fraudulenta.


Imagem: divulgação

A possibilidade existe: uma reportagem do jornal Estadão, de dezembro, apontou a existência de um possível esquema de fraude envolvendo empresas recém-abertas por beneficiários de programas sociais que buscam autorização para operar sites de apostas no Brasil.

Ao todo, 18 empresas suspeitas foram registradas no sistema federal. Para obter a licença de operação, cada empresa deve desembolsar R$ 30 milhões pela outorga, levantando suspeitas sobre a origem dos recursos e a legitimidade dos cadastros.

No mesmo mês, após pedido do Ministério Público, o ministro do TCU Jhonatan de Jesus determinou que o governo federal adote medidas imediatas para impedir que beneficiários do Bolsa Família e de outros programas sociais e assistenciais usem esses recursos com apostas online.

Apesar da determinação, a Advocacia-Geral da União (AGU) já havia afirmado que há dificuldades operacionais para cumprir a proibição. A manifestação da AGU se deu em relação à decisão do ministro Luiz Fux em novembro, ratificada pelo pleno do STF, que determinou a proibição do uso de recursos de programas sociais em apostas online. 

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