Futebol colombiano enfrenta preocupação com imposto sobre casas de apostas

O patrocínio de casas de apostas em torneios profissionais de futebol na América Latina tem se tornado uma constante, com grandes patrocínios em ligas como a brasileira e a argentina. O caso da Colômbia não foge à tendência, com quase 20 equipes patrocinadas por empresas do setor, assim como na nomenclatura do campeonato.

Após a decisão do presidente Gustavo Petro de eliminar a isenção do Imposto ao Valor Agregado (IVA) para jogos de azar online, conforme relatado pelo Yogonet, os diversos times que participam da Divisão Principal de Futebol da Colômbia (Dimayor) expressaram preocupações de que suas receitas sejam reduzidas.

Com a decisão, o governo colombiano busca arrecadar fundos extraordinários que lhe permitam enfrentar a crise no departamento de Norte de Santander, devido aos confrontos guerrilheiros entre o Exército de Libertação Nacional (ELN) e um grupo dissidente das FARC, que gerou perdas significativas de materiais, bem como milhares de pessoas deslocadas.

Com a medida, os impostos subiram para 40%, o que pode refletir em menos investimentos das casas de apostas em patrocínios esportivos, temem os clubes. Empresas ligadas à indústria de apostas e jogos contribuem com cerca de 140 bilhões de pesos colombianos (US$ 33.545.400) em termos de patrocínios.

"Se o imposto se tornar realidade, a primeira coisa que precisa ser reduzida é o que se investe em publicidade e o que se paga no futebol profissional colombiano", disse uma fonte próxima do governo ao jornal El Tiempo .

Atualmente, a Dimayor conta com o patrocínio da BetPlay, tanto para o torneio quanto para a Copa Colômbia, o Torneo de Ascenso e a Liga Feminina, até 2030. Além disso, 18 equipes contam com patrocínio de casas de apostas.