A CPI vai funcionar até o dia 15 deste mês, e na agenda do site do Senado ainda não há informações sobre reuniões nesta semana. Para que o pedido de Portinho seja realmente feito, ele precisa ser aprovado na comissão.
Senador Carlos Portinho (Imagem: Jefferson Rudy/Agência Senado)
Portinho questiona, em seu requerimento, se a Polícia Federal mantém contato com a Interpol, a previsão de chegada de Rogatto ao Brasil e quais esforços estão sendo feitos para acelerar o processo.
Acusações sem provas
As declarações de Rogatto em seu primeiro depoimento, em outubro de 2024, ganharam as manchetes nacionais pela gravidade das afirmações. Por videoconferência, ele afirmou já ter feito R$ 300 milhões com o rebaixamento de "42 clubes no Brasil" e que teria atuado na corrupção de jogadores nos 26 estados da federação e no Distrito Federal, o que lhe valeu o apelido de "Rei do Rebaixamento".
Rogatto também disse que existe uma grande máfia da manipulação que envolve pessoas dentro da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), das federações, presidentes de clubes, árbitros e atletas.
O empresário não
apresentou nenhuma prova das acusações de manipulação de resultados.
Próxima de seu fim, a comissão talvez não tenha tempo hábil para questionar Rogatto novamente. Tampouco ouvirá os depoimentos dos jogadores Lucas Paquetá, do West Ham, e Luiz Henrique, do Zenit, envolvidos em investigações de manipulação de resultados na Inglaterra e na Espanha, respectivamente. Apesar de terem sido convocados, ambos conseguiram adiar suas presenças, fazendo com que os prazos da comissão se tornassem inviáveis.