Uma pesquisa realizada pela NielsenIQ revelou que 12,4% dos brasileiros recorrem a apostas como forma de complementar a renda. O estudo Consumer 360º, que monitora hábitos de consumo e endividamento, apontou que a prática só fica atrás dos chamados “bicos” – como trabalhos extras, horas adicionais e plantões –, utilizados por 13,1% da população para reforçar o orçamento, divulgou reportagem do Estadão.
Os dados fazem parte da edição 2025 da pesquisa, que analisou 8.240 lares em todas as regiões do Brasil. O levantamento mostra que a busca por fontes extras de renda ocorre em um contexto de melhora no mercado de trabalho, com queda do desemprego e aumento da renda média.
Entre os brasileiros que utilizam jogos de azar como estratégia financeira, as modalidades mais comuns incluem Mega-Sena, apostas esportivas, Jogo do Tigrinho, rifas, jogo do bicho e bingos. Confira abaixo:
Imagem: reprodução/Estadão
Ao mesmo tempo em que uma parcela da população vê as apostas como fonte de renda, existe um esforço por parte de especialistas e do mercado regulado de conscientizar que a atividade deve ser encarada como forma de entretenimento, já que os ganhos não são garantidos e a prática em excesso pode levar ao jogo compulsivo.
As regras do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) proíbem, inclusive, que empresas anunciem os jogos como alternativa ao emprego ou forma de investimento.
Além de examinar o impacto das apostas no orçamento das famílias, o estudo também investigou os principais fatores de endividamento no Brasil. As razões mais citadas incluem:
Segundo projeções da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o endividamento das famílias deve atingir 78,6% em 2024, acima dos 77,8% registrados em 2023.
Diante desse cenário, a maior preocupação financeira da população brasileira para o futuro não é adquirir bens ou investir na educação, mas sim manter as contas em dia. O ranking das prioridades financeiras ficou assim: