O presidente da CPI das Bets no Senado, o senador Dr. Hiran (PP-PI), afirmou nesta terça-feira, 25 de fevereiro que, se a relatora da comissão, Soraya Thronicke (Podemos-MS), que 'está sendo ameaçada, precisa nos informar como e quando para que tomemos todas as medidas cabíveis'. A informação é da coluna Radar, da Veja.
Ele se refere a uma declaração da legisladora do começo do mês em que afirmou 'mais uma vez' estar sofrendo pressão para encerrar os trabalhos do colegiado.
Segundo ela, é alvo de ameaças do crime organizado e tem andado com segurança armada tanto em Brasília quanto no seu estado de origem, o Mato Grosso do Sul. Em janeiro, ela já havia dito, sem citar nomes, que três parlamentares já tentaram que ela desista de convocar o cantor sertanejo Gusttavo Lima a prestar depoimento na CPI.
A CPI está envolvida em polêmicas nos últimos meses. Em dezembro, diante de denúncias de uma reportagem da revista Veja sobre acusações de extorsão e pedido de propinas na CPI das Bets, a senadora classificou as alegações como "fofocas" e "claro movimento orquestrado para desviar o foco" da comissão, além de "descredibilizar" o trabalho da relatoria.
“Estou sentindo toda dificuldade de trabalhar, fazendo meu relatório em absoluto sigilo”, disse a senadora à coluna.
Já Dr. Hiran rebateu: “A CPI — como as demais comissões da Casa — ainda não iniciou suas atividades neste ano. O colegiado faz um trabalho sério, examina um setor que precisa ser melhor regulado, enfrenta muitos interesses, e em nenhum momento pode haver dúvidas sobre a qualidade do trabalho realizado. Iremos zelar pelo trabalho da comissão até que todas as linhas de investigação estejam esgotadas”.