A Polícia Federal informou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado que aguarda autorização do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), vinculado ao Ministério da Justiça, para dar início à extradição de William Rogatto. Ele foi preso em novembro de 2024, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, por suspeita de manipulação de resultados no futebol brasileiro. A informação é da coluna de Lauro Jardim, em O Globo.
A resposta da PF foi enviada à comissão após um pedido de detalhes sobre o processo pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ). No documento, a delegada Ana Luíza Pacheco confirma que Rogatto segue detido devido a um alerta da Interpol, relacionado a um processo na Justiça do Distrito Federal.
Ainda não há data prevista para sua chegada ao Brasil, pois a extradição depende da decisão do juiz do caso. A demora preocupa membros da CPI, que veem Rogatto como peça-chave para as investigações e buscam negociar uma delação premiada.
Segundo a coluna, Portinho pretende acionar o Itamaraty e o Ministério da Justiça para acelerar o processo, destacando a necessidade de assistência ao preso e contato com sua família e advogado.
Em depoimento à CPI em outubro, Rogatto admitiu ter manipulado o rebaixamento de 42 clubes, envolvendo atletas, árbitros e dirigentes, e ter alcançado um lucro de mais de R$ 300 milhões com os atos de corrupção. Nenhuma prova foi apresentada até hoje e a CPI da Manipulação foi prorrogada até o dia 1º de abril.