O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) deflagrou a segunda fase da Operação Fim de Jogo. Na terça-feira, dia 11 de março, as autoridades cumpriram, no DF e em São Paulo, quatro mandados de busca e apreensão contra suspeitos de envolvimento com manipulação de resultados no futebol.
Entre os alvos da operação, estava Selma Pereira Rogatto. Ela é mãe de William Rogatto, empresário que confessou envolvimento com aliciamento de jogadores e times em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado.
Ana Paula de Oliveira, apontada como companheira de William, também foi alvo dos mandados de busca e apreensão, apurou o g1.
As autoridades apuram suspeitas de manipulação de jogos durante o Candangão 2024, mais precisamente envolvendo a equipe do Santa Maria, que sofreu goleadas de 6 a 0 para o Ceilândia e 5 a 0 para o Gama durante o campeonato do Distrito Federal.
A investigação aponta que atletas eram recrutados e convencidos a facilitar a derrota do Santa Maria. Com isso, apostadores lucravam ao fazer palpites certeiros na goleada.
A defesa de Ana Paula Oliveira e Selma Rogatto, em nota reproduzida pelo g1, diz ver as acusações como uma “surpresa”. Confira abaixo o posicionamento:
"A defesa técnica de Selma Pereira Rogatto (mãe de William) e de Ana Paula de Oliveira (companheira dele), não teve acesso às acusações, visto que o processo encontra-se em segredo de justiça e a defesa ainda foi habilitada.
De toda forma, é uma surpresa tais acusações uma vez que Selma e Paula não tem haver [sic] com a história.
William Pereira Rogatto preso em Dubai, vem passando por diversos problemas inclusive, tendo seus direitos fundamentais violados, visto que muita das vezes até comida é negado ao brasileiro na cadeia de Dubai.
No Brasil, a defesa de Rogatto vem passando por problemas para ter acesso ao processo que determinou o alerta vermelho da Interpol, causando a prisão do brasileiro William Pereira Rogatto, tão logo seu avião pousou em Dubai e ele desembarcou, após ter sido convidado por John Textor, para uma reunião naquele País.
Inclusive, foi necessário impetrar uma [sic] Mandado de Segurança contra a Polícia Federal, para que a defesa pudesse ter acesso ao referido processo."