ATUAÇÃO NAS ESFERAS CRIMINAL E CÍVEL

MPRJ cria força-tarefa para combater manipulação de resultados no futebol

20-03-2025
Tempo de leitura 1:23 min

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) instituiu o Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor (GAEDEST/MPRJ) para combater manipulação de resultados no futebol, racismo nos estádios e violência em eventos esportivos.

A iniciativa, criada pelo procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira, busca garantir a integridade esportiva e a segurança dos torcedores.

O grupo atuará tanto na esfera criminal quanto na cível, apoiando promotores naturais em casos complexos. A manipulação de resultados no futebol foi destacada como uma das prioridades da nova estrutura. "A criação do GAEDEST visa promover a integridade dos eventos esportivos. Casos de fraude em jogos serão tratados com prioridade", afirmou o procurador-geral.

Entre as ações planejadas está a revisão do protocolo de Avaliação de Riscos em Estádios de Futebol (AREF), que classifica partidas conforme seu grau de risco, além do monitoramento de arquibancadas para coibir crimes. O grupo também manterá atuação junto ao Juizado do Torcedor e Grandes Eventos.

O GAEDEST/MPRJ já agendou reunião com o Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios (BEPE) para discutir medidas contra tumultos e atos de vandalismo, reforçando a segurança em partidas de grande porte.

Série B do Carioca

No final do ano passado, a Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpriu 11 mandados de busca e apreensão por suspeitas de manipulação de resultados na série B do campeonato Carioca

As investigações da Operação VAR tiveram início após uma solicitação formal da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), que apontou resultados suspeitos na segundona carioca envolvendo os clubes Nova Cidade, Belford Roxo, São José, Brasileiro e Duquecaxiense.

Apesar disso, houve uma queda de 48% nos casos de manipulação de resultados no futebol brasileiro em 2024, segundo levantamento da pela Sportradar Integrity Services, uma unidade da empresa de tecnologia esportiva Sportradar

Foram 57 jogos suspeitos registrados no ano passado, contra 110 no ano em 2023. Como resultado, o Brasil não é mais o país com o maior número de partidas suspeitas no futebol.  

Deixe um comentário
Assine nosso boletim
Digite seu e-mail para receber as últimas novidades
Ao inserir seu endereço de e-mail, você concorda com os Condiciones de uso e a Políticas de Privacidade da Yogonet. Você entende que a Yogonet poderá usar seu endereço para enviar atualizações e e-mails de marketing. Use o link de Cancelar inscrição nesses e-mails para cancelar a inscrição a qualquer momento.
Cancelar inscrição