CPI das Bets recebe presidente do BC e influenciadora Deolane Bezerra nesta semana

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, instaurada no Senado Federal para investigar a influência das apostas on-line no orçamento das famílias brasileiras e possíveis associações com atividades ilícitas, agendou para esta semana os depoimentos de duas figuras de destaque: Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central (BC), e Deolane Bezerra, influenciadora digital.

Galípolo confirmou sua participação e será ouvido como convidado nesta terça-feira, 8 de abril. O convite partiu do presidente da CPI, senador Dr. Hiran (PP-RR), que enfatizou a importância do Banco Central na regulamentação e fiscalização do sistema financeiro nacional.

Presidente do Banco Central Gabriel Galípolo (foto: Washington Costa / MF)

Espera-se que Galípolo forneça informações sobre a capacidade da autoridade monetária em rastrear e analisar fluxos financeiros relacionados às plataformas de apostas, identificar possíveis irregularidades, supervisionar as formas de pagamento utilizadas e avaliar o impacto econômico das apostas on-line no sistema financeiro. 

Deolane

Já Deolane Bezerra foi convocada e é obrigada a depor presencialmente na quinta-feira, 10 de abril. A influenciadora foi alvo da Operação Integration, deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco em setembro de 2024, que investigou o uso de empresas de apostas online para lavagem de dinheir. A investigação já foi arquivada. 

“Deolane pode esclarecer como influenciadores têm sido utilizados por plataformas de apostas para atrair consumidores e se há conhecimento por parte dos envolvidos sobre as atividades ilegais relacionadas às apostas. Seu depoimento pode também fornecer detalhes sobre a rede de influenciadores que promoveu plataformas sob investigação”, defende o requerimento apresentado pelo senador Izalci Lucas (PL-DF). 

Convocada no ano passado para depor na já encerrada CPI da Manipulação de Resultados, Deolane conseguiu um habeas corpus do STF e não compareceu à comissão. A quebra de seus sigilos fiscal e bancário foi aprovada pelos senadores, mas não resultou em nenhuma informação sobre o caso no relatório final da comissão, entregue em março.