Acusado de envolvimento em manipulação de resultados, o jogador brasileiro Lucas Paquetá, meia do West Ham, segue aguardando uma definição de seu caso, que foi adiado e só deve ser retomado a partir de junho, informou o jornal The Guardian.
O painel independente responsável pela audiência não conseguiu finalizar os procedimentos no prazo inicial de três semanas, encerrado na sexta-feira passada, 4 de abril, em função da complexidade do processo. Agora, com outros compromissos assumidos pelos advogados, a nova sessão ficou para o período do verão europeu.
Enquanto aguarda, Paquetá convive com a ameaça de uma punição pesada: em caso de condenação, o jogador poderá ser banido do futebol profissional de forma vitalícia. A acusação marca o caso de corrupção mais relevante no futebol inglês desde que Bruce Grobbelaar foi julgado há 27 anos, destacou o The Guardian.
Paquetá ficou fora das últimas partidas da seleção brasileira contra Colômbia e Argentina, válidas pelas eliminatórias da Copa do Mundo, no mês passado. No entanto, continuou atuando normalmente pelo West Ham, participando dos jogos contra Wolverhampton e Bournemouth pela Premier League.
O West Ham mantém seu apoio ao atleta e demonstrou insatisfação com a condução do caso pela Associação de Futebol da Inglaterra (FA). O clube havia solicitado que a audiência fosse adiada para o fim da temporada europeia, a fim de minimizar impactos no desempenho da equipe, mas o pedido não foi aceito inicialmente.
Paquetá passou a ser investigado por suposta manipulação de resultados após alegações de que teria forçado cartões amarelos em jogos da Premier League de 2023 para beneficiar amigos e familiares que apostaram que isso aconteceria.
Ele negou qualquer irregularidade. “Estou extremamente surpreso e chateado com a decisão da FA de me acusar”, disse ele, na época. “Por nove meses, cooperei com todas as etapas da investigação e forneci todas as informações possíveis. Nego as acusações integralmente e lutarei com todas as forças para limpar meu nome.”