ENTREVISTA COM O DIRETOR GERAL DA SPORTRADAR NO BRASIL

Sergio Floris: "O Brasil representa a maior oportunidade da Sportradar mundo afora"

21-04-2025
Tempo de leitura 2:51 min

Referência em tecnologia, dados e integridade esportiva, a Sportradar esteve presente no BIS SiGMA Americas, grande encontro do segmento de jogos e apostas realizado em São Paulo (SP), no começo de abril.

Com um stand próprio no evento, a empresa recebeu o Yogonet para uma entrevista com Sergio Floris, diretor geral da Sportradar no Brasil. Na conversa, o executivo destacou a importância do país para a companhia ‒ poucos dias após a entrevista, a Sportradar anunciaria a renovação do seu acordo com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Confira a conversa

A Sportradar é uma empresa global, com atuação em vários países. Qual é o papel que o Brasil desempenha hoje dentro da companhia e como vocês veem o potencial do mercado brasileiro?

O Brasil representa a maior oportunidade da empresa mundo afora, pelo menos nos próximos dois anos. De fato, a empresa é global e atua em vários mercados. A gente já presenciou mercados sendo regulamentados, mas hoje a bola da vez é o Brasil e acho que vai continuar sendo. 

Não por acaso, abrimos um escritório aqui. A gente formalmente fincou uma bandeira no Brasil. Até então, atendíamos esse mercado com base no escritório operacional do Uruguai, que era a nossa sede na América do Sul, mas o Brasil hoje ganhou esse protagonismo muito por conta da regulamentação.

De todo esse portfólio de serviços e soluções da Sportradar, quais os que você destaca como os mais importantes, os mais relevantes para o mercado brasileiro?

Vou pontuar duas frentes específicas. A primeira, o nosso produto talvez mais importante para o mercado são as soluções de gerenciamento de risco, MTS [Managed Training Services], que funciona muito bem aqui. A gente é muito demandado por isso e eu prevejo que vai continuar em um futuro próximo.

A outra frente é o investimento em iGaming. O iGaming é tão importante que o Brasil está sendo uma espécie de piloto para a empresa. A gente está crescendo o time e trouxe um executivo só para tocar essa frente. Então, é uma aposta para a empresa como um todo.

E o Brasil serve um pouco como um terreno experimental para a gente entender as nuances e como essas soluções vão funcionar, o tipo de tração que ela vai gerar, até para poder escalar e aplicar em outros mercados onde a gente também atua.

Em relação a parcerias, contratos, por exemplo, com a Conmebol e confederações, qual você destacaria como sendo de grande relevância?

O nosso grande carro-chefe no Brasil e na região como um todo é o acordo com a Conmebol. Ele abrange a Libertadores, Sul-Americana e outros torneios.

Também anunciamos, há pouco tempo, um acordo com a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). É um acordo que encampa direitos também, mas é muito mais amplo, um acordo de tecnologia no qual há intercâmbio não só de soluções bastante conhecidas ‒ como de integridade ‒ , mas também provemos câmeras para a CBV usar no seu centro de treinamento em Saquarema. 

Há todo esse lado de tecnologia que eu acho interessante, porque também é uma forma bastante escalável de poder ajudar federações e entes esportivos como um todo.

Temos um investimento também grande no mundo do basquete que nos anima bastante.

Na sua carreira, você passou por empresas de outras áreas, como a Netflix e o Twitter (atual X). Você vê similaridades entre esses outros ramos e a Sportradar ou é um universo totalmente novo?

É um universo novo, sem dúvida alguma. A indústria de betting é diferente. A semelhança que eu traço são os momentos. Eu tive de fato a sorte de ter trabalhado em lugares muito bacanas, mas que, naquela época, estavam todos começando, como a gente esteve recentemente. 

O que eu quero dizer com isso: é uma operação global, mas com um foco recente no Brasil. O Twitter foi assim em 2014 ‒ a gente tinha acabado de abrir um escritório aqui  ‒ e, na Netflix e na DAZN, a mesma coisa.

Sou egresso do mundo de plataformas, mas o que me uniu aqui foi a questão dos direitos, porque, apesar de ser uma indústria diferente, você lida com os mesmos players, os mesmos atores e parceiros. Essa é a semelhança que eu traço.

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